Implementando as Atividades de Extensão na grade curricular

A Curricularização da Extensão é uma diretriz fundamental para a educação superior no Brasil. Estabelecida pela Resolução nº 7, de 18 de dezembro de 2018, ela exige que as atividades extensionistas façam parte da matriz curricular dos cursos, com carga horária específica e computada na integralização do curso.

O que é Extensão na Educação Superior?

De acordo com o Art. 3º da Resolução nº 7, a extensão na educação superior é definida como uma atividade interdisciplinar que conecta a teoria acadêmica à prática social. Ela visa promover a interação transformadora entre as instituições de ensino superior e a sociedade, com foco na produção e aplicação do conhecimento. Essa abordagem está alinhada com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a Lei nº 9.394/96.

Carga-horária das Atividades Extensionistas

A resolução determina que, ao menos, 10% da carga horária mínima do curso deve ser dedicada à extensão. Por exemplo, para um curso de licenciatura com carga horária mínima de 3.200 horas, 320 horas devem ser destinadas a atividades extensionistas.

Como documentar as Atividades de Extensão?

As atividades extensionistas devem ser:

  • Incluídas na matriz curricular e descritas no ementário;
  • Apresentadas de forma detalhada no Projeto Pedagógico do Curso (PPC) e no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI);
  • Regulamentadas por meio de um regulamento próprio de extensão, que deve incluir a metodologia, os relatórios e a avaliação das atividades;
  • A Secretaria Acadêmica, em conjunto com a Coordenação do curso, deve criar os relatórios necessários para documentar o cumprimento da carga horária e o aproveitamento acadêmico.

O que pode ser considerado Atividade Extensionista?

As atividades extensionistas podem ser realizadas por meio de programas, projetos, cursos, oficinas, eventos e prestação de serviços. No entanto, a resolução deixa claro que, para os cursos a distância, as atividades extensionistas devem ser realizadas, presencialmente, em uma região compatível com o polo de apoio presencial.

Como organizar as Atividades Extensionistas na Instituição de Ensino Superior (IES)?

Existem diversas formas de organizar as atividades extensionistas, sendo três as mais comuns:

  • Através das disciplinas: As atividades extensionistas podem ser integradas a disciplinas específicas, com orientação e registro pelo docente responsável, garantindo que a carga horária total do curso inclua a porcentagem destinada à extensão.
  • No âmbito do Projeto Integrador ou Disciplinas Integradoras: As atividades extensionistas podem ser distribuídas ao longo de cada semestre, de modo a cumprir os 10% exigidos pela resolução. O docente responsável por essas disciplinas organiza e planeja as atividades semestrais.
  • Como disciplina específica: A instituição pode criar uma disciplina dedicada às atividades extensionistas, com a responsabilidade de um coordenador, que irá planejar, executar e registrar as atividades extensionistas.

Conclusão

A curricularização da extensão é essencial para integrar a teoria e a prática acadêmica com a comunidade. Ao oferecer experiências práticas como serviços, capacitações e projetos sociais, as IES promovem o conhecimento de maneira transformadora e socialmente relevante.

Lembre-se: as atividades extensionistas devem ser realizadas de forma presencial, garantindo o impacto direto na sociedade.

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